Nos passados dias 3 e 4 de março a AEFCL esteve reunida, juntamente com o restante Movimento Associativo Estudantil Nacional do Ensino Superior, na Universidade da Beira Interior, onde decorreu o Encontro Nacional de Direções Associativas.
Neste encontro foi destacado o negligenciamento do alojamento para estudantes do Ensino Superior, tópico este, já levantado no ENDA anterior onde se submeteram propostas para a resolução do mesmos, todavia o Governo nada fez em relação a esta questão, levando o Movimento Associativo Nacional a reivindicar a sua posição.
Foi discutida a falta de esforços por parte da tutela em relação aos Estudantes com Necessidades Especiais, sendo este um grupo cada vez mais crescente e com falta de mecanismos de apoio nas suas Instituições de Ensino Superior (IES), desde instalações até recursos e preparação pedagógica para tal.
Denunciou-se uma situação de desigualdades entre os estudantes através de um sistema de majorações existente em algumas IES, que possibilita um acréscimo da nota de conclusão dos ciclos de estudo, através de critérios que promovem a desigualdade entre estudantes de diferentes IES.
Reforçou-se a posição em relação às Taxas e Emolumentos, exigindo a adaptação à realidade do Ensino Superior através da redução e eliminação dos mesmos. Aqui foram destacados, mais uma vez, a falta de concretização de promessas por parte do governo.
Relativamente ao relatório da OCDE, o movimento nacional destacou positivamente a abertura da possibilidade do subsistema politécnico leccionar o 3º ciclo de estudos. Todavia torna-se cada vez mais necessário a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), que está largamente ultrapassado, tornando-se num dos principais entraves à investigação científica em Portugal.
No que concerne à proposta apresentada pelo governo, relativamente ao corte de 5% nas vagas de IES de Lisboa e do Porto, o Movimento Estudantil Nacional reprova unanimemente a medida, considerando-a sustentada num completo vazio de estratégia e ambição de coesão territorial.
Tendo sido estes os assuntos expostos durante este ENDA o Movimento Associativo Nacional atingiu o seu limite de tolerância de falta de respostas por parte do Governo. É de maior importância que o Movimento Associativo se pronuncie publicamente, procurando assim que as suas exigências e que as suas reivindicações sejam, finalmente, ouvidas.